Venha comigo! Confie em mim, porque
quando estamos juntos, meu
coração em teu peito explode!
Mil pedaços que se espalham no
chão! Tal qual sementes tardias e
tornam-se flores e florestas e
te cobrem de adornos!
E do teu perfume evaporam-se beijos,
abelhas que te polinizam,
borboletas e rouxinois e bem-te-vis!
(eu nunca vi os rouxinois!)
E te fazem cantar com eles, e
tiram o mel dos teus olhos, da
sua boca! E de tanto admirar-te,
transpiro! E do meu suór se faz chuva,
uma chuva que vira mar e do meu sal
se faz um coral que te cerca e te venera!
É onde você repousa pura e eterna
intocada, como o mais soberano e
oculto diamante, dentro
de um aquário na minha sala
repousando perto da janela banhada
por uma suave brisa e raios de sol!
Assim ecoa pelo universo, através
de toda a via láctea, num espectro de luz!
Dos sonhos gregos, apolíneos e dionisíacos e
dos mais suaves vinhos e fervorosas paixões!
Da paz em uma xícara de café, de tardes
tediosas de outono! Eu te suplico!
Vem comigo! Confia em mim!
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