quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Cowboy Bebop

Fazendo uma sequência ao assunto abordado no texto anterior, queria me direcionar mais a um ponto: a animação que me fez chorar, e que até agora me emociona, três dias depois, e que me motivou a escrever essa palhaçada íntima agora.



Cowboy Bebop foi um anime lançado em 1998, com 26 episódios, ambientação batida (aventuras espaciais), mas com uma série de singularidades que, não sei se por respeito ou incapacidade, nunca foram copiadas.
A maior parte dos episódios é fechada, com começo, meio e fim. Há uma infinidade de referências à cultura pop, tipo filmes como Alien, O Bom o Mal e o Feio, entre outros. Há equilíbrio entre comédia, romance, tragédia e ação. O Bebop é um movimento de Jazz da década de 40, que permeia a animação. Há um clima noir na trama, os personagens são complexos e profundos. Os protagonistas são extremamente cativantes, e há glamour. O vilão é perfeito para a trama, apesar de aparecer em pouco mais de 4 capítulos.

Essa animação percorreu o mundo, fez muito sucesso, ganhou uma animação em longa-metragem que chegou a passar nos cinemas brasileiros. Cara, esse desenho é foda, tem estilo, protagonista cool!!!

Hoje, os otakus só pensam no Naruto e no One Piece...

A primeira parte séria do desenho já foi de tirar o fôlego, não perde em nada para os filmes de John Woo nos tempos em que foi mestre da ação.
A segunda tem um final triste e angustiante, e ao final, nos deixa o cenário principal do desenho: o espaço.

Sabe como é angustiante ver algo se acabar, por qual motivo for, e depois mergulhar na imensidão e quietude do espaço???
Eu sei, o desenho passa isso.

Nos dois episódios finais, eu tremi a cada nova revelação. Nos momentos finais, não podia me conter. Só uma coisa diminuiu a intensidade do momento para mim: Eu já sabia o final. Há muito eu lí o fim da trama numa revista imbecil que tinha um guia de episódios.

Ainda estou desacreditado e angustiado, como se tivesse sido expulso do universo daquele desenho, e estou desabafando isso aqui, porque não tenho com quem conversar pessoalmente a respeito.

(obs: no desenho há uma homenagem ao Brasil, que são três velhos com os seguintes nomes: Antônio, Carlos e Jobim. Você subestimaria a capacidade de transmitir emoção de uma obra tão versátil???)


Link para a abertura do desenho

 link de encerramento do desenho (música belíssima!)

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