segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Chove!

Chove, e eu não tenho nada pra fazer
nada pra comer, nada pra beber
nada pra comemorar
chove e é cinza

Chove lá fora e eu só penso em andar na grama, sentindo o corpo tremer. Chove e eu penso em você e no frio e no calor e no seu corpo comigo, ali.

Chove, e tenho vergonha, mas penso no seu corpo nu, arrepiado, o seio duro.

Eu sei, nunca vou te ver assim. A chuva é que faz isso comigo.
De repente, eu começo a correr, eu começo a pular, e sinto a água fria penetrando meus cabelos, meus pensamentos mais animais.
De repente, não sei por que, mas tem algo para comemorar

Chove, e eu não consigo mais andar. Chove e eu adoeço.
Quando o sol chegar, nem posso mais estar aqui.
No fim, amanheci vendo a chuva cair

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