sexta-feira, 5 de junho de 2009

Plenitude

não sei dos homens e suas armas
não sei de paixões inconsoláveis
agora sou só eu
e eu me sinto pleno

não sei dos santos e suas barbas
não sei de fobias incontroláveis
penso hoje no que é meu
me sinto tão sereno

não sei se é do desespero
não acredito em compaixão
mas acredito em mim
eu aceito essa ilusão

mórbida, que anuncia o fim
e eu só quero ficar em casa
abraçado a quem me respeita
e se não for ninguém
vou tomar café sozinho de madrugada

Você estava de cabeça baixa
quando olhou pra mim e disse
coisas de um amor inocente
seu cabelo ondulava
sua postura era inconsistente
até então eu te admirava
enquanto outra pessoa contava
de um amor despedaçado
e uma sensação de que fez tudo errado
mas eu não acho que é pecado
errar

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