sábado, 14 de março de 2009

/sono

Venha, sente-se aqui. Não tema, nada mais vai doer, é só a agulha...
Relaxe, observe seu cérebro criar explosões e manchar sua retina de idéias loucas. A propósito, pega esse canudo, porque o inverno chegou!
Você agora voa, você vê além de paredes, era isso que você queria?
- Não...

(meu corpo treme, meus olhos semisserrados lacrimejam. Eu posso voar agora?
Tem uma fervencia protuberante em meu corpo. Sim, é tesão!!!
Enfim, vejo ela dançando, sinuosa, frente às luzes qe nunca notei estarem naquele canto da sala.)

Levante, vá dançar um pouco!!! Aqui, um doce pra você se divertir, ou divertir a outros.
Não se esqueça, no seu bolso coloquei aquele cigarro que você pediu, e a bebida está no bar à sua esquerda.

(Pego vodca, pego o cigarro, sorrio, choro, olho ao redor...
Que Deus me permita esa noite derradeira sem maiores consequências, a não ser aquelas que já programei).

Senta aqui de novo. Retoma o canudo que aí vem ela!

(neve em meus pulmões)

Diga "oi"

-Neve em meus pulmões...

Está cansado? Deita e deixa ela te ver um pouco, porque logo ela estará do seu lado;

(Eu caio, e é um abismo! Eu não sint a ponta dos dedos, eu suo, eu não sei mais quem eu sou)

Vê? Ela já está aqui! Pede pra ela!!!

-Beijo... um beijo...

(A morte me beija como a amante mais fiel, e ferroa como se quisesse furar)

Adeus, estranho!

-Adeus...

(Ela conina a dançar nas luzes de neon)

-Adeus...

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