domingo, 18 de dezembro de 2011

Viagem

mais rápido que o rápido
com chuva no presente e um sol que permeia no futuro
tão perto que alcanço em cinco minutos
a velocidade de um pássaro, então estável no céu cinza e azul
entram luzes no poente, tenras nuvens com belezas indistintas
eu gasto minha voz, que ninguém ouve, perdida ao vento
admirado com o tamanho do céu, admirado com o cheiro de rua
o cheiro de estrada e terra e fumaça e capim
e as bordas da estrada se movem incoerentes
porque o vento é um e eu sou outro
e não há nesse ponto da estrada
deus que não seja um só, e eu que não seja meu deus

Um comentário:

Ester disse...

vc tava indo pra capetinga?