terça-feira, 18 de maio de 2010

O Amor em Maio

Você está sorrindo, lá de longe, dando voltas de bicicleta. O vento está tão bom, suave, e acaricia seus cabelos. Quase sinto ciúme. Estamos tão longe do mundo, na grama, na lua. E você ainda nem sabe que eu te amo.

E amo tanto, que cruzo meus dedos nos seus, e não quero mais largar, e sinto o perfume dos seus cabelos. Acho que é difícil de controlar as vezes, essa vontade louca que tenho de te beijar quando vejo seus ombros nus, quando te vejo rindo das minhas piadas bobas, e até quando você acredita nas minhas mentirinhas, logo reveladas.
Eu gosto desse jeito que você tem de me olhar enquanto escrevo cartas pra você, sem você nunca estar longe de mim. E gosto ainda mais quando você lê e suspeita, lá no fundo, que são de fato cartas pra você. E eu devo ser somente um amigo, mas mais que amigo, eu estou tão apaixonado que não consigo ver as coisas tão sólidas como antigamente.

Me dê um dia mais doce, porque eu preciso de você. Me de uma tarde mais tenra, e um único olhar de quem pode um dia se compadecer do meu amor. Me ajude, que estou com febre! Febre de você, de vontade de te abraçar e não soltar, de soprar no seu ouvido o quanto eu quero ficar ali, sentindo o calor do seu corpo. Me dê a maldita chance de ser mais do que apenas uma abstração das coisas reais...

...

Ela olha meus desenhos, tentando decifrar cada segredinho de amor. Eu deixo as mensagens subliminares na esperança de ela achar, mas se ela achou ainda não me disse.

Ela está sorrindo enquanto anda em sua bicicleta, e o vento é tão suave que quase me leva para outro planeta. Logo vem o frio, porque estamos em Maio, e eu não sei aonde o amor quer me levar neste Outono.

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