segunda-feira, 26 de abril de 2010

peso sob minhas costas

falando de mim sozinho... minha mão trava ao escrever a palavra amor, e não soa poético quando consigo escrever algo mais intenso. Eu esqueço as pessoas com quem conversei, eu esqueço que me gritam o tempo todo, e sinto minha pupila partindo para o cérebro.

Eu me vejo, aos trinta anos de idade, com minha garrafa de uísque e meus cigarros, deitado na beira de uma piscina condominal, em um fim de tarde esquecido por deus, em que as pessoas passam e se perdem na própria sombra. Eu estarei entregue à minha sorte, sem grandes paixões, sem quaisquer tipos de amigos. Sem inimigos. Eu seria o fóssil do passado deitado perto da piscina de tempos vindouros.

Quando a noite chegar, vou continuar bêbado, e sem conseguir pensar em um futuro brilhante, família e sonhos. E se o luar estiver bonito, talvez eu até chore para aliviar a tensão de ter tido uma vida desperdiçada.

Talvez o futuro aconteça, mas sem que percebamos. E eu talvez, queira apenas mais alguns minutos perto da piscina, para ajudar a encarar a manhã que vai me cercar

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