domingo, 10 de janeiro de 2010

Alvorada (ou aniversário)

Começou a distribuição da cachaça entre os blocos do moçambique. Não tinha o que comer, o que podia beber já havia bebido. Estava com saudades.
De quê, não sei...

As luzes não funcionavam bem, e um louco qualquer aproximou-se, oferecendo compainha e consolo. A polícia cantava as garotas da madrugada, coisa bonita. Falei com um mexicano que sabia das coisas, e rimos de idiotices quaisquer. O povo não se animava.

Como seria de costume, a igrejinha da praça abriria suas portas para os bêbados do moçambique, eles fariam promessas, e as pagariam em seguida. Não aconteceu, e algumas pessoas notaram que as portas não se abriam. Pobre Capetinga, nada de bom sai daqui. Achei uns tragos, achei uns fumos, achei novas companhias. Não achei nada tão legal que não pudesse ser substituido. O moçambique recuou, com todos os seus bêbados desanimados, sentindo-se traídos. Mas não houve revolta, apenas mágoa mutua.

Coisa bonita. Não vi estrela no céu, nem luz colorida no chão.

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