quinta-feira, 13 de maio de 2010

Faz frio nesses dias, e o sol está lá fora, na sacada, aquecendo o asfalto.
sabe, as coisas andam meio estranhas pra mim. Eu caminho de tarde tentando aquecer o corpo, e não encontro respostas. Encontro esfinges e enigmas. Queria poder pensar menos e fazer mais, mas não consigo abrir a porta que dá acesso à ações rápidas. Estou me despedindo de alguma coisa sem nunca ter dado ao menos um "oi".

Viver sozinho é uma grande opção hoje em dia. Por que se preocupar com alguém do outro lado da tela? Alguém que não me vê, que eu não vejo? Por que dar atenção a coisas e pessoas tão banais? Não existe meio de valorizar pessoas queridas sem banalizar outras tantas pessoas que estão ao seu redor.

O frio entrou mesmo, então vou lacrar as portas e janelas e vou congelar aqui. Não tem saída, não tem caminho alternativo pra quem sempre quis sair do lugar e nunca se deixou levar.

Não quero ter que amar com cuidado, com medo de perder. Não quero desconfiar, temer ou medir os pensamentos da pessoa que está ao meu lado. Por isso, talvez, a solidão me caia tão bem.

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