quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ofensa

Eu sou um quase nerd.
Não, na verdade, eu apenas absorvo algo da cultura pop, tento digerir aquilo e vomitar minhas próprias palavras. Vejo muitos filmes, que falam de amor e ódio, de variadas maneiras. O mesmo ocorre com livros e canções. Tanto material sobre paixões, brigas e reconciliação.

O ponto onde quero chegar é que, por exemplo, quando o Amarante escreveu o Último Romance, que ele mesmo explica ser uma canção falando do amor de dois velhinhos, ele não necessariamente precisou viver o amor como um velho, até porque ele não é velho, não é mesmo?
Quando muito, quem se apaixonou foi um avô dele. Ouele viu dois velhos juntos na fila do pão e construiu aquela paixão. ele é compositor, a mente dele não é tão inflexível a ponto de ele não construir uma paixão.

Digo isso, pois alguém me acusou hoje de escrever todos esses textos direcionados para uma pessoa, que, francamente, não está presente em minha vida. Como poderia ser?

Ao invés de apoio recebo ciúme?
então eu sou o velho que se apaixona numa garota de 13, 14 anos? Me masturbei trancado no quarto pensando na professora, deixando de lado minha amada bola de futebol? (nunca gostei muito de futebol).
Decerto eu já morrí umas duas vezes, fiquei cego e fumei um cigarro e fui assassinado em seguida.

Afinal, a única coisa que tenho na minha cabeça são memórias do que já vivi. Nunca absorvi uma paixão admirável ou amor inocente de um livro, revista ou propaganda de pasta de dente. Nunca fui influenciado por um clipe em que o mocinho fica sem a mulher no fim. Quando eu fizer um filme de ficção científica espacial, creiam-me, terei vivido aquilo tudo, seja morrer na boca de um alien, seja andar na superfície do sol, porque não posso escrever nada a partir da imaginação, tenho que ter vivido tudo aquilo...

certo, Isabela?

Um comentário:

Katrina disse...

Há, eu já fui nerd ao extremo. Se ainda sou, não sei. Mas estão lá os meus dvd's do star wars e meus rpgs para me lembrarem dessa época